quinta-feira, 20 de junho de 2013

Charge: Professora cobrando a lição de casa!!!!


 

Charge: O blogueiro profissional

Projeto de Aprendizagem utilizando recursos tecnológicos


DIRETORIA DE ENSINO – REGIÃO DE LINS

GILSLAINE APARECIDA DE AGUIAR DIAS

MÔNICA GIMENEZ PARRA DOURADO

VIVIAN APARECIDA DA SILVA USSUY MARTINS
 
 
 

DENGUE

UMA QUESTÃO DE HÁBITO
 
 

LINS/SP

JUNHO DE 2013
 
APRESENTAÇÃO
Este plano de aprendizagem propõe que os alunos utilizem as linguagens científica, lúdica e artística para que adquiram conhecimento sobre o ciclo, a profilaxia e o tratamento da dengue, e sejam capazes de transmitir essas informações à comunidade.
INTRODUÇÃO
Acredita-se que as epidemias ocorrem no Brasil desde o século XIX. Mas os primeiros casos oficialmente registrados datam da década de 1960, há cerca de 40 anos. Eles surgiram de uma época de intenso crescimento populacional, que provocava a busca por novas regiões para plantio e exploração de recursos minerais. A abertura desses novos espaços ocorreu por meio do desmatamento indiscriminado das áreas florestais, sobretudo as localizadas no entorno das cidades.
Durante esse processo, o homem teve contato com serem que antes habitavam as áreas desmatadas, mas que acabaram se deslocando para as cidades e se adaptando a novas condições. O Aedes aegypti, vetor (transmissor) da dengue e também da febre amarela, é um desses espécimes. Considerando hoje um mosquito cosmopolita, ele põe suas larvas em água limpa.
Com o crescimento da população urbana, houve também o aumento do lixo, não reciclado e armazenado de forma inadequada. O desenvolvimento industrial, associado a mudanças no hábito de consumo da população (que joga lixo nas ruas de forma irresponsável e indiscriminada), passou a gerar mais poluição e acúmulo de lixo como pneus velhos, latas e embalagens de difícil degradação, além das caixas d’água que em muitos casos ficam abertas, capazes de represar água suficiente para a proliferação dos insetos. Sem falar no entupimento de bueiros e bloqueio de calhas de córregos, gerando enchentes que também colaboram para o ciclo das epidemias.
PÚBLICO ALVO
Este projeto de aprendizagem poderá ser aplicado em todas as séries/anos, desde que seja adaptado ao nível de ensino correspondente.
OBJETIVOS
·         Conhecer a dengue (sintomas, profilaxia e tratamento) e seu vetor, o Aedes aegypti;
·         Relacionar a doença com maus hábitos da população, como armazenamento inadequado do lixo (sobretudo embalagens de difícil decomposição como o plástico e o vidro);
·         Fazer uso das linguagens científica, lúdica e artística para representar conhecimentos;
·         Construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para compreensão dos processos biológicos da doença;
·         Compreender o fenômeno estudado do ponto de vista histórico e geográfico;
·         Analisar e relacionar informações de diferentes fontes (jornais, revistas, livros, internet e aula expositiva) para debater, dramatizar, apresentar tele-jornal, conceber jogos, produzir paródias, etc;
·         Analisar criticamente, de forma qualitativa ou quantitativa, as implicações ambientais, sociais e econômicas do fenômeno estudado;
·         Compreender o significado e a importância da água e de seu ciclo para a manutenção da vida, em sua relação com as condições socioambientais, sabendo quantificar variações de temperatura e mudanças de fase em processos naturais e de intervenção;
·         Compreender o caráter sistêmico do planeta e reconhecer a importância da biodiversidade para preservação da vida, relacionando condições do meio e a intervenção humana sobre ele;
·         Analisar, de forma qualitativa ou quantitativa, problemas referentes a perturbações ambientais (desmatamentos, armazenamento incorreto do lixo), reconhecendo suas transformações. Prever, a partir daí, efeitos nos ecossistemas e no sistema produtivo e propor formas de intervenção para reduzir e controlar esses efeitos.
CONTEÚDO
·         Virologia;
·         Causas da dengue e agente causador (Arbovírus);
·         Profilaxia (medidas preventivas);
·         Conceito de vetor;
·         Vetor Aedes aegypti;
·         Tratamento da doença.
RECURSOS DIDÁTICOS
Cartolina, cola, tesoura, slides, reportagens de jornais e revistas, textos da internet, os livros “Epidemias no Brasil”, de Rodolpho Telarolli Júnior, da editora Moderna e “Programas de Saúde”, de Ayrton César Marcondes, da editora Atual.
 
 



DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE/PROCEDIMENTOS
A DOENÇA, O TRATAMENTO E A PREVENÇÃO
A maioria dos casos de infecção pela dengue passa despercebida. Calcula-se que existam de 08 a 10 pessoas infectadas para cada uma que desenvolve a doença. Quando se manifesta, a dengue apresenta mais comumente sob duas formas: febril (ou clássica) e hemorrágica.
A forma clássica é uma doença febril de leve intensidade. A febre intermitente e variável, podendo chegar a 39°C, e provoca calafrios, dor forte de cabeça (principalmente atrás dos olhos), dores na região lombar, nos músculos das pernas e nas articulações, corrimento nasal e faringite, insônia, perda de apetite e desconforto abdominal.
No segundo dia, pode surgir vermelhidão no corpo. Depois de dois ou três dias, a febre cai, as dores e o cansaço diminuem. Do terceiro ao quinto dia, ocorre vermelhidão mais intensa, queimação nas plantas das mãos e pés e ínguas no pescoço e nas virilhas.
A forma hemorrágica é bem mais grave. Rompem-se pequenos capilares que deixam manchas na pele e provocam sangramentos nasais, intestinais, gengivais, urinários, gastrointestinais e ginecológicos.
Os vasos da periferia se dilatam, a pressão cai e podem surgir sintomas de hipotensão (tontura, visão turva, queda e perda de sentidos e, eventualmente morte).
O tratamento indicado é beber muito líquido, utilizar analgésicos somente com prescrição médica e permanecer em repouso. Nunca usar antitérmicos ou analgésicos compostos de Ácido Acetil Salicílico, que interferem no processo de colagulação, como AAS, Melhoral, Aspirina, Doril ou Buferin.
A prevenção é a principal arma contra o alastramento da dengue. Os seguintes cuidados precisam ser divulgados para a população e praticados por todos:
·         Evitar água parada em fontes e piscinas sem cloração adequada;
·         Manter as caixas d’água limpas e bem fechadas;
·         Não jogar lixo nas ruas, pois seu acúmulo atrai insetos e entope bueiros;
·         Manter terrenos baldios sempre limpos;
·         Não acumular água nos pratos de vasos de plantas. Retirar os pratos ou colocar neles areia ou pedrisco é o procedimento mais indicado;
·         Evitar o desmatamento rural;
·         Não cultivar nas cidades plantas que acumulam água na sua folhagem, como as bromélias.
 
Alguns conceitos importantes, segundo o site Wikipédia:
Aedes aegypti:
“Aedes (Stegomyia) aegypti (aēdēs do grego "odioso" e ægypti do latim "do Egipto") é a nomenclatura taxonômica para o mosquito que é popularmente conhecido como mosquito-da-dengue ou pernilongo-rajado1 . É uma espécie de mosquito da família Culicidae proveniente de África, atualmente distribuído por quase todo o mundo, com ocorrência nas regiões tropicais e subtropicais, sendo dependente da concentração humana no local para se estabelecer. O mosquito está bem adaptado a zonas urbanas, mais precisamente ao domicílio humano, onde consegue reproduzir-se e pôr os seus ovos em pequenas quantidades de água limpa, isto é, pobres em matéria orgânica em decomposição e sais (que confeririam características ácidas à água), que preferivelmente estejam sombreados e no peridomicílio. As fêmeas, para realizar hematofagia, podem percorrer até 2 500 m.2 É considerado vector de doenças graves como o dengue e a febre amarela e, por isso mesmo, o controle das suas populações é considerado assunto de saúde pública.”

 

Dengue:

“ 'Dengue' é a enfermidade causada pelo vírus da dengue, um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivírus, que inclui quatro tipos imunológicos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.1 A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três.
A dengue tem, como hospedeiro vertebrado, o homem e outros primatas, mas somente o primeiro apresenta manifestação clínica da infecção e período de viremia de aproximadamente sete dias. Nos demais primatas, a viremia é baixa e de curta duração.2
O vírus da dengue, provavelmente, se originou de vírus que circulavam em primatas na proximidade da península da Malásia. O crescimento populacional aproximou as habitações da região à selva e, assim, mosquitos transmitiram vírus ancestrais dos primatas aos humanos que, após mutações, originaram nossos quatro diferentes tipos de vírus da dengue.3 Provavelmente, o termo dengue é derivado da frase swahili "ki dengu pepo", que descreve os ataques causados por maus espíritos e, inicialmente, usado para descrever a enfermidade que acometeu os ingleses durante a epidemia que afetou as Índias Ocidentais Espanholas em 1927-1928.2 Foi trazida para o continente americano a partir do Velho Mundo, com a colonização no final do século XVIII. Entretanto, não é possível afirmar, pelos registros históricos, que as epidemias foram causadas pelos vírus da dengue, visto que seus sintomas são similares aos de várias outras infecções, em especial, a febre amarela”.


 

Epidemia:


“Uma epidemia se caracteriza pela incidência, em curto período de tempo, de grande número de casos de uma doença. O termo tem origem no grego clássico: epi (sobre) + demos (povo) e sabe-se ter sido utilizado por Hipócrates no século VI a.C..

A ocorrência, numa comunidade ou região, de casos de doença, acidente, malformação congênita, comportamento especificamente relacionado com a saúde ou outros acontecimentos relacionados com a saúde que ocorre em um determinado momento e espaço, é um fato até aqui normal, já que interagimos com o ambiente e outras formas de vida. Um surto epidêmico ocorre quando há um grande desequilíbrio com o agente (ou surgimento de um), sendo este posto em vantagem. Este desequilíbrio é comum quando uma nova estirpe do organismo aparece (mutação) ou quando o hospedeiro é exposto pela primeira vez ao agente”.

Virologia:

 

“Virologia é o estudo dos vírus e suas propriedades. Essencialmente, os vírus são “ácido nucleico envolvido por um pacote proteico”, inertes no ambiente extracelular, somente sendo capazes de reproduzir-se dentro da célula hospedeira, por isso são frequentemente classificados como "parasitas intracelulares obrigatórios".

 

 
Inicie a abordagem do tema com duas aulas expositivas. Faça o uso de slides. Se houver condições, promova uma coleta de possíveis larvas dos mosquitos transmissores da doença nos arredores da escola e faça com os alunos a observação de insetos.
Na aula seguinte, divida a sala em grupos de 03 alunos. Cada grupo levantará questões e problemas sobre o assunto e colocará no quadro-negro palavras-chaves identificadas durante as aulas expositivas. Com essas palavras os alunos deverão entrar em sites de pesquisa e desenvolver um pequeno texto coletivo na sala, com as informações coletadas da internet.
A partir daí, cada grupo deverá montar um projeto de divulgação de informações sobre a dengue. Para tal, poderão criar, também utilizando recursos de informática, jogos de tabuleiro, histórias em quadrinhos, palavras cruzadas, caça-palavras, letras de músicas, poemas, textos dramáticos, slides no PowerPoint, etc.
 
AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada durante todo o processo das atividades, observando a participação e conclusão das atividades propostas (desde as lições de casa, com pontualidade, apresentação do material solicitado até a participação oral).
Observação da pesquisa em grupo quanto a participação e o cumprimento das orientações e realização das atividades propostas.
Ao interagir com a produção dos alunos, observe se todos aplicaram na realização dos projetos os conceitos trabalhados, e em que profundidade. Caso perceba que algum conceito não tenha sido compreendido, intervenha e, se necessário, faça uma revisão. Uma prova escrita também pode ser realizada ao término das atividades.


 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TELAROLLI, Júnior Rodolpho. Epidemias no Brasil. 2. Ed. São Paulo: Moderna, 2003.
MARCONDES, Ayrton César. Programas de Saúde. 4. Ed. São Paulo: Atual, 1993.
Aedes aegypti. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Aedes_aegypti> Acesso em 18 jun 13.
Dengue. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Dengue >Acesso em 18 jun 13.
Epidemia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Epidemia>Acesso em 18 jun 13.
Virologia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Virologia>Acesso em 18 jun 13.
 
Sites: